quinta-feira, junho 21, 2012

Notas "à séria" - Reitor da UP responde ao OUP e Academia do Porto

A carta aberta que o Reitor da Universidade do Porto dirigiu ao OUP.
Parece-me claro, definitivo e, pela primeira vez, um claro demarcar de certas pandilhas.
Par aalém do apoio renovado ao OUP, e de lamentar o sucedido nesta última Queima das Fitas, é de reter, e sublinhar, que a UP repudia e nem sequer reconhece legitimidade ao actual "Conselho de Veteranos" em representar a Universidade do Porto, chegando mesmo a acusá-lo de querer impor tradições que não o são, nem nunca o foram.

Quem souber ler este "atestado de menoridade", passado ao MCV, perceberá que os órgãos de Praxe da UP, e seus Dux, deveriam pensar, desde já, em constituir um órgão de Praxe da UP, à séria, e protagonizado por estudantes de facto, que pudesse repor dignidade e qualidade às tradições da Invicta.
 num organismo .
O actual MCV  deixou de ter legitimidade para representar as tradições da UP, tendo sido renegado e e condenado pela UP.
O Sr. Américo e o seu séquito, se tiver um pingo de vergonah na cara, fazem as malas e dão o lugar que há muito roubaram aos verdadeiros estudantes da academia do Porto.

Aqui fica o conteúdo da carta:

"
Data: 2012.06.06
Assunto: Carta aberta do Orfeão Universitário do Porto

Caros orfeonistas,
Consideramos que uma universidade não se resume a um mero espaço de transmissão, produção e aplicação de conhecimentos. Há toda uma dinâmica de convivência social que enforma os destinos da instituição e é determinante para o desenvolvimento pessoal de quem a ela pertence. Isto significa que, para lá da sua função formativa, as universidades devem ser territórios de convívio, companheirismo, cultura e diversão. Só assim se poderá falar, com toda a propriedade, de vida académica no seu sentido mais lato e nobre.
É para nós indiscutível que na Universidade do Porto, essa dinâmica de convivência social tem sido promovida e perpetuada, em boa medida, pelo Orfeão Universitário do Porto, desde a sua fundação em 6 de Março de 1912. As atividades do Orfeão têm contribuído para que a Universidade do Porto proporcione uma vida académica que comtempla a função pedagógica e científica da instituição, que extravasa as fronteiras do seu campus universitário e que promove a interação com a cidade.

 Entendemos, pois, que as atividades do Orfeão Universitário do Porto, para além do contributo cultural que dispensam à sociedade, são de importância capital no processo educativo dos nossos estudantes.


 Por tudo isto, o Orfeão Universitário do Porto merece ser acarinhado e reconhecido não só pela própria Universidade do Porto, mas também pela sociedade civil, por instituições de relevância pública, por empresas e por todos aqueles que integram a comunidade académica do Porto, designadamente os seus atuais estudantes, os antigos alunos, os docentes no ativo e os professores já aposentados.

 Face ao carinho e consideração que nos merece o Orfeão Universitário do Porto, é imperioso que sintamos uma profunda indignação pelo desprezo de que foi alvo na Semana da Queima das Fitas e pelos maus tratos que foram infligidos a vários dos seus elementos durante esse mesmo período.
Repudiamos com veemência tais acontecimentos e a falta de solidariedade e respeito académico que estiveram na génese dos mesmos. Somos contra todas as formas de intimidação, violência, coação física ou psicológica e desrespeito pela pessoa humana. Por isso, não podemos deixar de condenar e lamentar profundamente o sucedido, que consideramos em grave desrespeito ao Orfeão Universitário do Porto e à própria Universidade do Porto.

 O sucedido é tão mais de lamentar quanto tais desacatos são promovidos por um denominado “Conselho de Veteranos” que nada tem a ver com a Universidade do Porto e que se arroga o direito de impor o que apelida de “tradições académicas” aos estudantes da U. Porto, “tradições” essas que não têm qualquer tradição na nossa Universidade.

É com preocupação que constatamos na vossa carta aberta uma referência à Federação Académica do Porto, instituição que merece o nosso maior respeito e com quem temos mantido uma colaboração profícua em prol dos nossos estudantes. Queremos acreditar que não terá tido qualquer intervenção nos problemas que nos relataram. Contudo, consideramos que a FAP deveria tomar uma posição clara de demarcação relativamente ao tal “Conselho de Veteranos”.

 Nesta hora difícil, queremos manifestar a nossa maior solidariedade ao Orfeão e a todos os seus membros. A melhor resposta é procurar fazer sempre melhor, dignificando e prestigiando cada vez mais o Orfeão e a própria U. Porto.
Podem contar com o nosso continuado e interessado apoio!

 Com as melhores saudações académicas.

 O Reitor
(José Carlos D. Marques dos Santos)"

Sem comentários: