segunda-feira, outubro 01, 2012

Tuna & Praxe - A quem obedece a Tuna, afinal?

CARTA A UM - qualquer - PRAXISTA
QUE ACHA QUE A TUNA ESTÁ SOB ALÇADA DA PRAXE.
 por Eduardo Coelho
 
Preãmbulo: O contexto é o da Academia e Praxe do Porto e a questão em torno da tentativa do MCV e seu "Dux" quererem mandar nas Tunas.
 

"Quer entender que é primeiro praxista e depois tuno? Está no seu direito. Vai por um caminho perigoso, mas faça como entender. E aqui lhe deixo uma série de "primeiro sou":

"Primeiro sou praxista e depois namorado" - e oxalá nunca a sua namorada desagrade ao seu Dux ou ao Magnum... Ou, talvez pior, oxalá nunca agrade...

“Primeiro sou praxista e depois estudante” - comece a responder nos exames só às perguntas de número ímpar...

“Primeiro sou praxista e depois condutor” - comece a conduzir pela esquerda (já que se diz por aí que, em praxe, é tudo com a esquerda) e só ceder prioridade aos elementos do CV da sua faculdade ou do MCV - e comece a perguntar aos outros condutores o que eles são pela praxe, sob palavra de honra.

“Primeiro sou praxista e depois cidadão da República Portuguesa” - declare os deputados anti-praxe, mobilize caloiros para cercar o parlamento e exija ao Presidente da República que vá aos Leões à meia-noite (esta, se calhar, era bem vista). Para esta, pode contar comigo.

“Primeiro sou praxista e depois portista” - como está sob alçada da praxe, no Dragão comece a torcer pelo Benfica (pois é o clube do seu Dux) no meio da claque dos super dragões. Depois explique-lhes que eles pela praxe são bichos e você veterano e que têm de começar a torcer pelo Benfica, e cite-lhes “em praxe não se pensa, obedece-se!”

Portanto, você pode ser praxista e adepto do FCP, praxista e condutor, praxista e namorado, praxista e cidadão, praxista e estudante - e também pode ser praxista e tuno, sem que, por ser praxista, os órgãos de praxe se possam meter na sua vida.

Um jogador de futebol da Académica de Coimbra tem de jogar como der na veneta ao Dux Veteranorum? Essa é boa. E por que não? Porque o futebol não emana da praxe. Houve um grupo de estudantes que resolveu formar uma equipa de futebol à semelhança de outras que já havia por aí. O futebol não passou por isso a ser regulado pela praxe, pois não?

Em 1888 houve um grupo de estudantes que resolveu formar uma tuna à semelhança de outras tunas que já existiam por aí. Os tunos têm de passar agora a obedecer ao Dux Veteranorum? Porquê? Se isso não aconteceu com a equipa de futebol, que não foi nem é um costume exclusivamente universitário, por que razão é diferente com a tuna, que também não foi nem é um costume exclusivamente universitário?

E agora, um pequeno teste:

Complete a frase que se segue, assinalando com uma cruz (X) a opção correcta:

O futebol NÃO emanou da praxe NEM é uma prática exclusivamente universitária, portanto a praxe NÃO tem nada que regular o futebol. As tunas NÃO emanaram da praxe, NEM são uma prática exclusivamente universitária, portanto a praxe...

1. tem de regular as tunas;

1+1. não tem nada que regular as tunas.”

[Até só usei números ímpares (1+1), para não ir contra a praxe...]

Ou então divirta-se a completar o seguinte axioma:

“X não emana de Y; portanto, Y não regulamenta X”

Várias sugestões:

X=basquete; Y=Vaticano
 X=cinema; Y=Federação Portuguesa de Columbofilia;
 X=tunas; Y=praxe;
 X=arame farpado; Y=Associação Portuguesa da Panificação e Produtos Similares.

Aposto que pensa: "Mas aquelas coisas (ser namorado, condutor, etc.) ou já existiam antes da praxe ou não foram criadas pela praxe, e além disso são questões de consciência, por isso a praxe não tem nada que se meter." E pensa bem.

Mas se eu, usufruindo da minha liberdade de consciência, resolver fundar uma tuna, que tem a praxe que ver com isso? Ou só não há liberdade de consciência quando se trata de tunas?

Diga-me uma tuna que tenha sido criada por um conselho de veteranos: será caso raro, se não mesmo único, se é que há algum exemplo.

Explique-me em que medida é que as tunas são uma emanação da praxe. Eu já provei - com documentos - que não são. As provas estão à sua disposição num livro intitulado “Qvid Tvnae? - a Tuna Estudantil em Portugal.”

Ainda ninguém PROVOU que são, com factos, com documentos. O que ouço é muita gente a DIZER QUE SÃO, mas sem nunca alegarem provas documentais.

E eu digo-lhe porquê: porque pura e simplesmente não há tais provas. E não há porque não pode haver. E não pode haver porque as tunas não emanam nem nunca emanaram da praxe.

Se tudo aquilo que você faz quando está trajado cai imediatamente sob alçada da praxe, então quando conduz trajado está sob alçada da praxe, não do código da estrada (conte essa à GNR).

Se faz um exame trajado, então está sob alçada da praxe. Diga ao seu professor que não lhe pode dar negativa porque, segundo a (invenção que lhe venderam de) praxe, os números têm de ser ímpares. Exija cotação total.

Se vai ao parlamento trajado, então está sob alçada da praxe. Exija aos deputados licenciados que declarem as matrículas que tiveram e obedeça só às leis que tiverem sido aprovadas por deputados que tenham tido um número de inscrições superiores às suas e exija aos restantes que votem como você quer. Explique depois ao juiz, se ele tiver mais matrículas do que você. Se tiver menos do que as suas, ponha-o de quatro no tribunal.

Se estiver a namorar trajado, então está sob a alçada da praxe. Ponha a sua namorada à disposição de qualquer indivíduo que tenha mais matrículas do que as suas, ou deixe de namorar com ela, se assim lhe for exigido.

Ou então, pense um bocadinho melhor no que é primeiro e no que é depois.

Ou não pense, se não lhe apetecer.

Sabe que a praxe não é uma ditadura, ao contrário do que lhe devem ter ensinado. E eu prezo demasiado a liberdade. Eu não puxo brasa à minha sardinha: o que não tolero é que haja quem queira roubar as sardinhas todas - as que pescou, as que não pescou e as que vierem a ser pescadas. E há até quem queira decretar que todo o ser vivente que habite as águas do mar é sardinha - porque em praxe não se pensa, obedece-se, certo?

Se me fiz entender, óptimo. Mas confesso que não tenho grandes esperanças. Como se argumenta contra a falta de argumentos?"
 
Dr. Eduardo Coelho (antigo Dux Facultis e Magister da TUP, em finais dos anos 80 e inícios dos 90, co-autor do livro "QVID TUNAE? A Tuna Estudantil em Portugal").

29 comentários:

Anónimo disse...

corre o boato que o américo vai invadir o koliseu com caloirada e fazer esterco..............

Eduardo disse...

É um boato interessante - e recorrente. Já parece um daqueles avisos sobre o facebook "Vá à opção X e clique em Y, se não o mundo acaba dentro de 3 dias".

E até era engraçado se acontecesse mesmo - à frente de 3.000 testemunhas havia de ter a sua graça :)

Vá o amigo anónimo descansado ao "koliseu" e divirta-se num grande festival de tunas, como é o FITU.

Anónimo disse...

Caro eduardo

como é obvio o Americo não vai fazer isso.

que voce tenha problemas pessoais com ele é uma coisa, agora andar constantemente a bater no homem publicamente ja é outra.

tenho muito gosto em consultar este blog e outros da mesma matéria, no entanto começa a saturar alguns pontos de vista, que no meu entender mais parecem problemas pessoais que outra coisa.

acho que esta na altura do Eduardo tentar ver um pouco mais alem do que aquilo que estudou.

ja mete nojo a conversa do MCV querer mandar nas tunas. isso não é a realidade. se quer ter opiniao formada no minimo tente falar com as pessoas.

estou certo que muitas pessoas do MCV (que tanto vc odeia e não conhece) terão todo o gosto em conversar consigo e trocar "ideias".

posso tambem dizer-lhe que se hoje se ve muita gente mal trajada, pode agradecer a muitas tunas que por aí andam. Se calhar o certo era dizer: graças a muitos alunos que por andarem numa Tuna, se acham no direito de nao poderem ser chamados atenção quando estão mal trajados, correndo sempre na mesma desculpa: ESTOU PLA TUNA logo não te devo nada.

E isto sim revolta. veja as coisas más que as tunas fazem, principalmente em relação ao traje e começe a lançar a discussao desses pontos.

ainda esta semana tive a oportunidade de ver uma tuna na rua a actuar e meteu pena ver a forma como se apresentaram trajados. Mais parecia uma banda de musica pimba.

os senhores das tunas devem lembrar-se do que trazem vestido e muitas delas não se podem esquecer da "ajuda e incentivo" que tiveram e ainda têm por parte do Conselho de Veteranos das suas proprias casas.

o respeito deve ser mutuo e por vezes isso nao acontece por parte das tunas.

e por favor nao compare Porto com coimbra ou outra cidade qualquer, pois sao historias completamente diferentes e não são comparaveis.

em relaçao ao orfeão tente apurar tudo e não apenas falar aquilo que lhe dizem. saiba ver que ambos os lados têm pessoas boas e más. nao tome partido por pessoas (miudos) que não conhece e pelas atitudes
que esses miudos tiveram e que vc não sabe.

aproveito para o saudar e dizer que tenho aprendido bastante consigo e com outros elementos neste blog.

vamos focar-nos nos problemas e resolve-los de uma forma seria, deixando de lado "guerras" e picardias.

Saudaçoes

Eduardo disse...

Anónimo disse...

«Caro eduardo:»

1-0 - ganha o meu caro anónimo. Vc sabe como me tratar... eu não. Vantagem sua.

«como é obvio o Americo não vai fazer isso.»

Leu o meu comentário em que eu dizia que aquilo era um boato recorrente? "Boato" foi a palavra que usei. Para mim também é óbvio que não o vai fazer, senão falaria de "facto". Mas não: falei mesmo de "boato".

«que voce tenha problemas pessoais com ele é uma coisa, agora andar constantemente a bater no homem publicamente ja é outra.»

Sobre os meus problemas pessoais com o Américo... só há um problema: é que não os tenho. Anda mal informado... Em que ponto da carta aberta ou do meu comentário me referi ao Américo?... Referi-me para dizer "tinha a sua graça se ele o fizesse à frente de 3000 testemunhas" - não disse que ele o pretendia fazer. O Américo pode ser muitas coisas, mas não é estúpido. Leia melhor as coisas, meu caro.

Mais. Mesmo sem ser por "ter medo" de haver testemunhas, o Américo não é pessoa para isso.

«tenho muito gosto em consultar este blog e outros da mesma matéria, no entanto começa a saturar alguns pontos de vista, que no meu entender mais parecem problemas pessoais que outra coisa.»

Pois como colaborador deste blogue só posso ficar modestamente satisfeito. É uma das chatices de ser líder: se há pessoas que se escondem atrás do Américo para atirar pedras e esconder a mão, o Américo tem de tomar uma de duas atitudes: a) repudiar publicamente essas atitudes; b) castigar exemplarmente os que se servem dele.

Se o Américo não faz nem uma coisa nem outra, então só se pode concluir está de acordo com o que se faz. É como o Passos Coelho: um secretário de estado diz ou faz uma estupidez, mas quem leva com as culpas é ele... Azar... Não está de acordo? Demita-o. Simples.

«acho que esta na altura do Eduardo tentar ver um pouco mais alem do que aquilo que estudou.»

(continua)

Eduardo disse...

(continuação)
«acho que esta na altura do Eduardo tentar ver um pouco mais alem do que aquilo que estudou.»

«ja mete nojo a conversa do MCV querer mandar nas tunas. isso não é a realidade. se quer ter opiniao formada no minimo tente falar com as pessoas.»

«estou certo que muitas pessoas do MCV (que tanto vc odeia e não conhece) terão todo o gosto em conversar consigo e trocar "ideias".»

Essa é a mais pura das verdades. Até há agora um dux com o "pelouro" das tunas. Mentira? Como não querem mandar nas tunas se têm a lata de dizer a que festivais/actividades as tunas podem ir a quais não podem? Isto é o quê?

Sobre eu ouvir as partes.

No dia a seguir a o Américo ter mandado cercar a sede do OUP (pum!), estive no "Piolho" reunido com o Américo, com o dux da Lusíada, com o ex-dux de direito, com o dux de nutrição, com o presidente da FAP e o Balau durante 6 horas consecutivamente.

Ofereci-me para mediar a desavença entre o OUP e o MCV - mesmo tendo sido eu, pessoalmente, um dos agredidos.

Se quiser saber as razões pelas quais fui ter com o Américo, pergunte-lhe. Decida depois se fui por ter problemas pessoais com ele.

«posso tambem dizer-lhe que se hoje se ve muita gente mal trajada, pode agradecer a muitas tunas que por aí andam. Se calhar o certo era dizer: graças a muitos alunos que por andarem numa Tuna, se acham no direito de nao poderem ser chamados atenção quando estão mal trajados, correndo sempre na mesma desculpa: ESTOU PLA TUNA logo não te devo nada.

E isto sim revolta. veja as coisas más que as tunas fazem, principalmente em relação ao traje e começe a lançar a discussao desses pontos.

ainda esta semana tive a oportunidade de ver uma tuna na rua a actuar e meteu pena ver a forma como se apresentaram trajados. Mais parecia uma banda de musica pimba.

os senhores das tunas devem lembrar-se do que trazem vestido e muitas delas não se podem esquecer da "ajuda e incentivo" que tiveram e ainda têm por parte do Conselho de Veteranos das suas proprias casas.»

100.000.000.000.000.000.000% de acordo. Veja, aliás, o "manifestum tunae" (encontra facilmente na Internet), que ajudei a redigir. Veja, na parte das resoluções, o ponto em que se diz que "Se a tuna usar como «traje de tuna» o traje académico da instituição, deve respeitá-lo INTEGRALMENTE na sua forma e convenções de uso, acatando exclusivamente neste ponto as orientações dos organismos de praxe" (estou a citar de cor). Desculpe: qual era a sua questão relativamente a eu não ver o que as tunas fazem ao traje?... Não percebi. Vem você, com um ano de atraso, "chamar-me a atenção" para algo que eu próprio defendi já há mais de um ano?...

(continua)

Eduardo disse...

(continuação)

«o respeito deve ser mutuo e por vezes isso nao acontece por parte das tunas.

e por favor nao compare Porto com coimbra ou outra cidade qualquer, pois sao historias completamente diferentes e não são comparaveis.»

???? quando o fiz????

«em relaçao ao orfeão tente apurar tudo e não apenas falar aquilo que lhe dizem. saiba ver que ambos os lados têm pessoas boas e más. nao tome partido por pessoas (miudos) que não conhece e pelas atitudes
que esses miudos tiveram e que vc não sabe.»

Respondido: estive 6 horas a ouvir todos os que quiseram falar comigo...

«aproveito para o saudar e dizer que tenho aprendido bastante consigo e com outros elementos neste blog.»

Tenho pena de não poder saudá-lo(a) de volta, pois não sei de quem se trata... mas faça de conta que sim. Deve ter aprendido muito com o Pena WB - eu só colaboro há meio ano...

«vamos focar-nos nos problemas e resolve-los de uma forma seria, deixando de lado "guerras" e picardias.»

Fico à espera desse dia.

Cumprimentos

(fim)

Anónimo disse...

Caro Eduardo,

"Tenho pena de não poder saudá-lo(a) de volta, pois não sei de quem se trata... mas faça de conta que sim. Deve ter aprendido muito com o Pena WB - eu só colaboro há meio ano"

Joao é o meu nome. Ja sabe como me tratar e sim o Pena WB é um dos que tem "ensinado", por isso ter dito que aprendi consigo e com outros elementos, não achei necessidade de quantificar.

"Desculpe: qual era a sua questão relativamente a eu não ver o que as tunas fazem ao traje?... Não percebi. Vem você, com um ano de atraso, "chamar-me a atenção" para algo que eu próprio defendi já há mais de um ano?..."

não é minha intenção chamar-lhe a atenção, as minhas desculpas se nao me fiz entender.

no fundo o que quis fazer foi trazer o assunto á baila. é realmente triste ver a forma como os tunos vêm o traje (obviamente que nao são todos), para muitos nao passa de uma peça de vestuario que serve para cantar umas musicas e beber uns copos.

em relaçao ao orfeao esta tudo dito, fico contente que tenha ouvido ambos os lados e espero que a disponibilidade para mediador se mantenha (para bem da Academica do Porto).

"Até há agora um dux com o "pelouro" das tunas. Mentira? Como não querem mandar nas tunas se têm a lata de dizer a que festivais/actividades as tunas podem ir a quais não podem? Isto é o quê?"

enquanto veterano costumo ir algumas vezes as reunioes de magnum acompanhando o meu dux ou ate mesmo representa-lo. e sinceramente não ouvi nunca que houvesse um Dux com esse "pelouro". no meu entender isso é falso.
em relaçao aos festivais nao julgue todos por causa de um ou dois casos.

no meu entender a "Praxe" e "tunas/grupos academicos" devem andar lado a lado. cada um com a sua autonomia, mas nao se esquecendo que todos vestem o mesmo traje e que o respeito pelo mesmo deve imperar.

deixemo-nos de sinismo, boquinhas travessas e tentativas de "agredir verbalmente" orgãos ou pessoas e vamos de uma vez por todas resolver a questão.

todos têm a ganhar.

Saudaçoes

Eduardo disse...

Correcção (tenha só mais um pouquinho de paciência, meu caro anónimo...):

o Américo não mandou cercar a sede do OUP. A verdade tem de ser dita.

O que se passou foi que enviou dois emissários à sede do OUP para convocar o Presidente da Direcção a que se apresentasse nos Leões.

Aparentemente, esses emissários em certa altura tiveram medo de ser agredidos pelos orfeonistas - uma vez que, disseram, estavam a ver chegar muita gente à sede do OUP.

Ora isto não é nada estranho numa noite em que havia assembleia geral.

Seja sincero: o OUP costuma agredir pessoas? É esse o padrão de comportamento do OUP? Claro que não. Que razão havia para os emissários do MCV sentirem medo fosse do que fosse?

Comunicaram o seu receio ao Américo, que lhes respondeu "Pá, se receiam pela segurança, chamem mais pessoal". E aqui vem uma pérola de praxe - da mais pura tradição académica: foram mobilizados académicos... via sms. Agora a sms já é uma via "legal" em praxe para se fazer uma mobilização? :)

Se a ideia era "defender" os emissários, por que razão havia gente postada nas duas extremidades da rua dos bragas?... Por que razão foi dito por alguém da "embaixada" do MCV "Não adianta chamarem a polícia. A polícia está controlada"?

Isto não se passou? Isto é atitude de quem quer dialogar? Isto é atitude de quem quer só dialogar?

Não teria o OUP razão para se sentir intimidado? Não teria o OUP razão para sentir que a segurança dos seus elementos estava em risco? Não teria tido o OUP razão para declarar que não participaria mais em actividades da Queima de 2012?

Decida o meu caro anónimo, que me recomenda que ouça as duas partes. Você já ouviu as duas? Mmmmm... parece que não.

(continua)

Eduardo disse...

(continuação)

Há gente estúpida no OUP. Gente muito estúpida. Gente mesmo muito estúpida. Mas se algum dux tem queixa de algum elemento do OUP na sua faculdade, resolva lá o problema e deixe o OUP em paz.

Arrotos num jantar enquanto alguém discursa? É mau. Muito mau. Mandar bocas do género "Não sabia que os animais falavam" - é muito mau mesmo.

Mas põr alguém no seu lugar em Praxe - um licenciado dizer a um ainda estudante "Eu sou licenciado, tu és estudante, estou acima de ti em praxe e por isso não tens nada que me convocar" - é ir contra a Praxe? Quem perceber de praxe tem de saber que não pode intimar um licenciado a ir aos leões, aos tigres ou aos leopardos.

É destes episódios que me fala? Pois bem, resolvam as coisas pessoalmente, não queiram responsabilizar a instituição. Apresentem uma queixa formal à Direcção, que se encarregará de punir os elementos que, com o seu comportamento, podem ter deixado ficar mal o OUP.

Isto não é ir de boca: apresentassem uma queixa formal, o OUP trataria do caso a nível interno e o MCV deveria ter punido o infractor.

Vir agora passados anos e anos sobre situações infelizes arranjar pretextos para o que aconteceu na queima de 2012? Pedir listas nominais? Voltamos aos tempos da PIDE? Situações que já foram discutidas há anos vir sempre com a mesma história de tentativas de atropelamentos a caloiros (???) com bate-bocas de bêbados às 3 da manhã?

Tenham juízo... É destas situações que me queria falar? Pois bem; estamos conversados.

Anónimo disse...

Caro Eduardo,

é pena nao ter assistido ás conversas do Presidente do Orfeão com o MCV.

Por certo nao estaria a dizer algumas coisas que escreveu.

e se calhar sim, ouvi ambas as partes e tenho a hombridade de dizer que a culpa é de ambos.

uma coisa lhe garanto, se tivesse uma queixa de um funcionario meu, que eu tivesse destacado para me representar a mim e á minha equipa, estou certo que tomaria providencias e que esse mesmo funcionario nao voltaria a representar-me.

Para si se calhar o que conta é uma carta por escrito a fazer queixa de um elemento do grupo, para mim a palavra ainda deve ser tida em causa e garanto-lhe de fonte segura que essa palavra foi dada ao Presidente do Orfeao, que apenas disse que ia falar com os restantes orfeonistas, não dando mais cavaco. Claro que me vai dizer que não tem de dar cavaco a ninguem, mas o saber estar e o respeito pelo proximo deveria existir.

e tambem aproveito para lhe dizer que os Sr´s do MCV, assim como o Orfeão, nao vão a lado nenhum para bater em quem quer que seja.

tambem lhe posso dizer que alguns dos problemas antigos que falam, nao têm a ver com situaçoes dentro da faculdade, mas sim em actuações em que o Orfeão esteve presente.
Situaçoes que bastantes elementos do orfeao assistiram e ás quais foram pedidas que se resolvessem. mas sabe qual é o problema? é que ate hoje nao se resolveu.

Se calhar ainda estao a espera de uma carta formal.

o problema é antigo e facil de resolver, é preciso é que alguns parasitas de AMBOS os lados deixem de ser intervenientes no processo.

estamos conversados se assim o entende, mas se quiser continuar a conversa de uma forma cordeal, sem cinismo e de forma a entender algumas coisas de ambos os lados, estarei aqui para isso.

Cumps

Eduardo disse...

João:

já é a segunda vez que usa a palavra "cinismo" para qualificar uma intervenção minha. Talvez queira dizer "ironia".

O que tentei dizer-lhe - mas pelo visto exprimi-me mal - é o seguinte:

ninguém é perfeito, há culpas de parte a parte, há gente de ambos os lados que não sabe ocupar o seu lugar.

Até aqui, parece que estamos de acordo.

"Chamou-me a atenção" para o facto de eu estar a falar de coisas e situações que desconheço. Penso que lhe mostrei que sei do que estou a falar.

Concordamos: a palavra tem de valer alguma coisa, ainda para mais quando essa palavra é dada à frente de testemunhas e em reuniões públicas. As conversas que o Presidente do OUP tem com o Américo a título pessoal ou quando lá ia jantar a casa não me dizem respeito.

O OUP é uma instituição. Como instituição, tem regulamento interno e estatutos, que prevêem, entre outras coisas, distinções e penalizações. Prevêem também a forma de instruir os processos e de decidir da aplicação ou não de uma distinção ou pena - que podem ir de uma advertência até à demissão.

Como instituição, o OUP age nos termos que as suas "leis" determinam.

É possível que alguém quisesse que o OUP aplicasse ao sócio X a pena de demissão. Acontece é que os estatutos do OUP podem dizer uma coisa diferente. Podem dizer que, perante os factos, o sócio leva uma pena de advertência registada no respectivo processo, por exemplo, ou uma suspensão de 15 dias.

Que querem mais? Que o OUP peça a esse sócio que vá pedir desculpa? Que publique no jornal? Que exiba o caso no FITU? Como sabe que os sócios não foram repreendidos? Suspensos por 7, 15,30 dias?

O OUP não tem que dar satisfações das penas que aplica aos seus sócios. Ou as formalidades são seguidas, ou a questão não tem provimento e não anda.

O MCV não está habituado a proceder desta forma. No OUP há muito pouco lugar a decisões arbitrárias. As coisas seguem regras previstas e aprovadas em Diário da República.

Penso que isto não é difícil de entender - ou talvez seja, para quem achar (não será o seu caso) que o OUP é uma faculdade e que a direcção é um conselho de veteranos. Não é. Seria bom que isto fosse percebido por quem se relaciona com o OUP.

Conversas cordiais, estou cá para isso. Acusações gratuitas (como as do seu primeiro post), também estou cá para elas. Prefiro ir pelo primeiro caminho.

Cumprimentos

J.Pierre Silva disse...

E agora, se me permitem, falo eu.

Caro João,

Estou pouco me ralando com questiúnculas antigas, tão pueris como a idade que os intervenientes teriam na altura.
Isso é para resolverem num ringue de boxe ou à mesa com uns canecos, mas nunca publicamente ou fora desse contexto privado (porqu eo passado é passado e nem sequer foi institucional, mas pessoal).

Já me ralo é quando ainda permanecem alguns desses intervenientes a parasitar. E esses, meu caro, estão no MCV, pois que na direcção do OUP não há gentalha com dezenas de matrículas a brincar às praxes e os poucos antigos que militem, sobretudo, no grupo de fados, não andam a chamar Duxes, às quinhentas, às instalações do OUP, para ajustes de razões.

Não me coíbo de apelidar de gentalha quem tem idade para saber, e perceber, que só lhe fica mal ocupar e parasitar um estatuto e função que é dos estudantes, de facto (e não de quem se diz matriculado).

Parasitam as estruturas da Praxe pessoas que deviam era tomar conta de netos e ter juízo. Mas, pelos vistos, há interesses por detrás do pano e dividendos que tornam aliciante o "poder", pois a Queima, pelos vistos, é mais uma fonte que alimenta os egos e as carteiras, mais um pretexto para o "faz de conta" de zelar pelas "tra(d)ições" (que estão como se vê).

Não admito (e quero lá bem saber das quezílias antigas e pessoais entre OUP e MCV) que um organismo de praxe tenha a distinta lata e presunção de determinar quem pode, ou não, participar de certas actividades tunantes. Não admito que o MCV decrete que as tunas do Porto não podem conviver, participar ou convidar determinada Tuna, só porque o MCV embirrou.
Não admito a gentalha ignara que mande proibir caloiros (ou consinta nessa proibição por parte de Dux Facultis) de ingressar num determinada Tuna ou que tenha a distinta estupidez (porque só de gente estúpida) de, mais recentemente, mandar proibir qualquer organismo artístico-cultural de conviver, participar ou convidar qualquer organismo do OUP.

Quem abusa do "poder", do autismo e autoritarismo é o MCV e mais ninguém.
Não há nenhuma determinação de nenhuma Tuna ou organismo artístico-cultural estudantil no Porto a proibir seja que tuno ou estudante for de ser praxista ou vir a fazer parte do MCV, de beber um copo com os elementos do MCV, de com eles conviver. Parece-me clara a diferença de modus operandi, não?

Quem está a ser puerilmente idiota?
Quem está a usar as tunas como arma de arremesso?
Quem usou o “poder” do MCV para institucionalmente fazer represálias à conta de uma questão pessoal?
Pois eu respondo: o MCV, o seu Dux e séquito de parasitas (parasitas os que têm acima de 30 anos).

Não, caro João, estou-me pouco borrifando para as questiúnculas internas entre velhos ressabiados do OUP e do MCV, sobre antigos episódios ocorridos, mas não quando isso atinge quem nada tem a ver com essas velhas guerras; e muito menos quem nada tem a ver com Praxe: as Tunas.

O que não me estou borrifando é que isso ponha em causa tudo o resto e que certos otários do MCV se intrometam no mundo das Tunas. Nenhum deles é Tuno, que eu saiba, nenhum deles formou qualquer Tuna (nem o MCV), nenhum deles sabe de Tunas, e a nenhum deles reconheço autoridade, inteligência ou idoneidade para sequer mandarem bitaites sobre comunidade tunante.

E desengane-se, porque este caso não começou sequer pelo OUP, mas pela Portucalense, há já 1 ano.
Sabia disso ou omitiu convenientemente?

O respeito que deveria presidir à desejada convivência e cooperação entre Tunas e Praxe foi posta em causa pelo MCV, de forma unilateral, autista e vergonhosa, aquando do episódio ocorrido com a Portucalense.
Ninguém cercou o MCV ou ameaçou os seus elementos, agora é óbvio que quem semeia ventos, colhe o resultado; afnal quem não se sente……
Por isso, até julgo que as críticas e alguns ataques dirigidos ao MCV são até muito civilizados. Mas uma coisa é manter o nível, e outra é ficar calado, Da minha parte, enquanto continuarme impunemente a atacar as Tunas, sujeitam-se a ouvir o que não querem: a verdade.

(continua)

J.Pierre Silva disse...

(cont.)

Não posso respeitar pessoas que não apenas não têm nada de meritório, de facto, para apresentar (a não ser o facto de nem sequer conseguirem/querem acabar os seus estudos), mas que atacam gratuitamente as Tunas e chegam a tomar decisões que vão contra as próprias competências e jurisdição da Praxe (comprovando ignorância e má fé).

Subscrevo a necessidade genérica de se resolverem as questões do passado, entre os protagonistas das mesmas.
Mas isso é uma questão lateral, porque quando isso tem repercussões fora desse contexto particular, e se atacam Tunas e organismos artístico-culturais que nada têm a ver com Praxe e com essas questões...... certamente que a idignação e o dedo acusador tem de recair sobre quem cometeu essa vergonhos intromissão: o MCV.
Por mim, pode juntar os antagonistas num ringue e fazerem um wrestling. E até podem cobrar bilhete, que eu até vou.

Agora fora desse restrito contexto, o MCV não tem nada que mandar decretos e determinações, como tem feito, para com as Tunas, nesse exercício de verdadeira acefalia e de quem mostra, afinal, muito pouco saber de Praxe, e menos ainda de Tunas.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Caro WB

sabe qual é o problema? É que voce nunca viu os seu queridos amigos da Tuna a pedir ajuda para levar gente aos ensaios, a levar gente aos festivais, etc....

ajuda essa que tiveram sempre e que dps dessa ajuda se viram e dizem: EU ESTOU PLA TUNA NAO TE DEVO NADA.

isto é atitude de gente fraca e sem caracter.

essas coisas voce nao ve ou nao quer ver, mas aconselho que tente saber. Pois ha muita coisa que lhe é omitida. os Sr´s "estupidos do MCV", como vc gosta de os chamar, nao são assim tao maus da fita como vc tanto quer apregoar. ha muitas historias entre as tunas e os respectivos conselhos veteranos que vc nao faz a minima ideia.

e o problema nao vem da portucalense meu caro. o problema vem muito de tras, vem talvez de alguns velhos idiotas que nao souberam passar a mensagem correcta quer no seio das tunas quer na praxe.

quanto á insisnuaçao da queima nao sei o que lhe diga, quem a organiza é FAP com a cooperação do MCV e como bem sabe o dinheiro está nas noites do queimodromo e aí o MCV nao intervem nem tem interesse nisso.

"Embora se aceitem comentários anónimos, todo aquele que apresentar, sob qualquer forma, insultos ou ataques pessoais, ou seja de teor menos educado, não será publicado neste blogue."

esta regra deveria ser usada para todos (a si inclusive) e nao so pra os anonimos.

Eduardo

"O OUP não tem que dar satisfações das penas que aplica aos seus sócios."

até posso concordar, mas sabendo o orfeao que o problema existe seria de bom tom no minimo dizer: resolvemos o problema.

nem isso foi feito.

era interessante o eduardo aparecer numa ou outra reuniao de MCV. acho que se podia ter algumas conversas positivas e construtivas. tinha tambem a oportunidade de ouvir a opiniao de alguns Dux´s.

cumps

joao

Eduardo disse...

Caro João:

estou disponível para isso. Assim saiba eu quando se realizam as próximas reuniões.

Como disse, ofereci-me para tentar mediar o diferendo. A minha oferta mantém-se.

Avise-me: e.v.coelho@gmail.com

Abraço,

Eduardo

J.Pierre Silva disse...

Caro João,

Tal como certamente as tunas pediram ajuda aos conselhos de Praxe, também com eles cooperaram, também terão tocado de borla em muitas iniciativas de Praxe, também ajudaram, e de que maneira, a que a Praxe tivesse o impacto que tem.
Por isso, se formos a contabilizar dividendos, penso que a tunas ainda são credoras mais do que devedoras.

A Tuna nada deve à Praxe que leve a que tenha de se submeter ou tornar-se franchising da mesma. Não deve nem no Porto nem em lado algum.
Houve reciprocidade de serviços, cooperação e colaboração. Nenhuma bandeira foi tão forte, tão mediática, tão poderosa e popular como a Tuna quando esta, extravasando o seu círculo, se tornava embaixadora da Praxe (tal como da instituição).
Nunca vi nenhum MCV, nomeadamente o do Porto (e sublinho) a ser embaixador de Tunas, antes vejo que as ataca sob pretextos que nada têm a ver com Tunas sequer.

O Srs do MCV do Porto são maus da fita, são os maus da fita quando acham que detém jurisdição sobre Tunas.
Você também acha que o MCV tem tutela sobre tunas e grupos artísticos (grupos de fado, pro exemplo)?
Onde está isso na Tradição (cite-me documentalmente se conseguir)? Não encontra sequer no projecto de código do Balau e Soromenho, nem do de Coimbra, nem em lado algum, do "Palito Métrico" ao "Livro do Doutor Assis", do "In Illo Tempore" ao "Coimbra, Boémia e Saudade" do Reis Torgal.

Que os problemas pessoais vêm de longe isso sei eu, meu caro João, mas são de foro pessoal.
No que concerne a Tunas, e repito: a Tunas, a questão tem início com a Portucalense, em que como medida de represália e punição ao Magno/Dux da Portucalense, o MCV do Porto decidiu meter as Tunas dessa casa ao barulho, proibindo-as de participarem em eventos tunantes e praxísticos do Porto, sob ameaça de serem decretadas "não académicas" (só aqui mostra a ignorância do MCV, porque académico decorre de ser estudantil, não de estar na Praxe), e decretando que nenhuma Tuna do Porto podia convidar as Tunas da Portucalense nem participar nos eventos que organizassem.

Isso, meu caro, é de gentalha estúpida!
Quero eu lá bem saber das guerras anteriores. Agora meterem Tunas ao barulho........... é de quem maledicentemente desvirtua a Praxe, o seu âmbito e aquilo que em Praxe se pode ou não fazer, daquilo que diz, ou não, respeito à Praxe.
Também defende que o MCV fez bem em decretar tal proibição? Também é dos que subscreve que que as Tunas são Praxe e obedecem ao Dux?

Se o MCV anda às avessas com o OUP, por questões antigas, como classificar a atitude do MCV ao decretar a proibição das Tunas e Grupos Artísticos em participarem em iniciativas do OUP ou de convidarem grupos do OUP?
Perguntaram às Tunas se concordam ou simplesmente passaram por cima delas com sobranceria e autismo, achando que elas estão ao serviço do MCV e que só têm de obedecer porque sim?
Então agora o MCV manda nas Tunas, nos grupos de Fado, de teatro e afins? Manda?
E que mais? Um rei na barriga?

Ao invés de endireitarem a Praxe no Porto (pela qual o MCV é responsável), onde sucedem episódios lamentáveis todos os anos, como os famosos combóios do caloiro (mas depois vai o Dux assinar papéis, para inglês ver, a Coimbra), preferem comprar esta guerra com as Tunas.

Insulto é o que faz o MCV à comunidade tunante, a quem é Tuno, e não eu dizer que são uma cambada de ignorantes, incompetentes que toma decisões estúpidas e de inequívoca burrice, porque é o que demonstram ser pelas atitudes que tomam para com as Tunas (âmbito que estamos a tratar).
Por isso reitero: no que concerne a Tunas e à forma como as tratam, são tudo aquilo que acima disse.

Sobre a idoneidade e respeito que me merecem ..... pouco ou nenhum em resultado da obra que deixam e daquilo que ainda hoje se verifica.
Há idades para "brincar" às praxes e aos Dux.

Ditaduras não, obrigado.

Cumps.

Anónimo disse...

"atitude do MCV ao decretar a proibição das Tunas e Grupos Artísticos em participarem em iniciativas do OUP ou de convidarem grupos do OUP?"

Caro WB uma vez que gosta das coisas documentadas, mostre-me o Decreto. Duvido que exista esse decreto.

Em relaçao á minha opiniao pode voltar a ler o post abaixo, pois é nele que me revejo no que toca ao posicionamento da tuna em praxe.

http://notasemelodias.blogspot.pt/2008/12/notas-sobre-tuna-e-praxe.html

deixo aqui um pequeno excerto:

"O estudante universitário, em termos legais (de cumprimento de leis académicas) tem um primeiro dever para com a praxe e só depois, para com a tuna (seja ela qual for); assim se estabelece a hierarquia.
Apesar da tuna, por norma, não se subordinar às instâncias da praxe, não deixa de estar "obrigada" a reconhecer-lhes jurisdição, para com os tunos que ainda são praxistas.
Algo natural, já que são primeiramente académicos antes de serem tunos (aliás, não fosse essa condição, não seriam tunos) em condições que, obviamente, devem estar bem desenhadas e acordadas."


cumps

Joao

Anónimo disse...

Caros amigos,acabei agora de ler, quer o texto do Eduardo, quer os comentários dos 3 intervenientes.

Antes demais e porque assim fui ensinado, "que o sol da manha aqueça os vossos ossos cansados e ressequidos o digníssimo sapientíssimo, reverendíssimo excelentíssimo literae dux jubiladus Eduardus Coelhorum".

Como ele já percebeu de certeza, chamo-me Fernando, sou "o Fernando" como tendes sido ensinados João. O tal non gratu na praxe que ao fim destes anos todos ainda os devo assustar.

Começo por dizer que já tinha saudades de ler um texto escrito pelo Eduardo. Devorei-o amigo como deverei tantos outros. A tua escrita continua directa e frontal como sempre foste.

Gostei dos comentários do João e se algum mal entendido existiu foi por ele não te conhecer Eduardo, senão sabia que tu nunca mentes e sempre assumes as tuas atitudes e opções e eu e toda uma Faculdade de Letras somos testemunhas, pois mesmo apesar de seres Dux Facultatis, sujeitaste-te a praxe. Exemplo mais vivo "A Inversão de praxe em Letras" que eu gostava de ver muitos dos que se dizem grandes académicos a participarem. Tu participaste e eu tive o prazer de participar contigo.

O que o João diz também é verdade Eduardo, os anos que dei ao Magnum mostraram-me que existem imensas vozes discordantes, mas que se ficam pela calada, uma vez que temem alguns que passam a imagem de serem poderosos. O MCV, é e sempre foi desde que me conheço e o conheço internamente comandado por 4 ou 5. Daí que não seja bom passar todas as instituições a membros efectivos, sob pena de se perder o controle.
Quando eras meu Dux, Eduardo, lembro-me de um dia com o nosso velhinho anfiteatro cheio, me dizeres:
" Estes caloiros são mesmo nabos. Então eles são 600 e nós somos 10 e eles conseguem fazer tudo o que lhes mandamos?"
Na altura fiquei a olhar para ti, percebi que tinhas razão.
Hoje olho e o que se passa na Academia do Porto é o mesmo.
Assiti por dentro a praxe em quase todas as Instituições da Academia do Porto como convidado, reconheço imensos extraordinários académicos em todas elas e continuo sem entender porque é que as Instituições de alguns ainda não são reconhecidas pelo MCV.
Sabes quantas Instituições existem na Academia do Porto, João?
Sabes quantas pertencem ao MCV? Como é possível?
Eu sou de Letras e supostamente não sei fazer contas, mas tanta malta de Matemáticas e não as fazem!
O mais certo é que nem a tua seja "reconhecida", porque a experiencia diz-me que as que mais participam e se preocupam em mandar representante em "dux absentis" são as instituições convidadas. Eu apesar de não te conhecer reconheço-te mérito em defenderes as Praxes e em mostrares bom senso no teu discurso.

Para terminar, gostava de te dar um conselho pessoal João, sei que ias adorar. Aproveita o email do Eduardo e convida-o para um café. Junta-lhe o Balau e tens uma tarde de Tertúlia que nunca mais vais esquecer na vida.
Se a marcares por favor convida-me eu fico caladinho no meu canto somente a ouvir, prometo.

Abraço aos 3 intervenientes com uma especial saudação ao meu Amigo Eduardo Coelho, um dos meus professores e ídolos em Tradição Académica.

J.Pierre Silva disse...

Não proibiu, não decretou? Ah..........hummmmmmmmmm, não tarda e nada de tudo o que se passa ocorreu e, afinal, o MCV foi até beatificado para celebrar o 50º aniversário do Concílio Vaticano II.
É que há muito que se decreta no Porto sem se afixar coisa nenhuma.

O Mahmoud Ahmadinejad (e não, não o estou a comparar a ele, acredite) também negou alguma vez ter havido o holocausto, mesmo perante as evidências, mas lá está: quando as pessoas não querem acreditar ou não querem ver, nada as demove, de facto.

Afinal será tudo fruto da minha imaginação. Antes fosse.


Fico feliz pela sua leitura atenta, mas terá reparado que isso em nada colide com o que venho a afirmar relativamente ao MCV do Porto.
Uma coisa é individualmente um estudante se submeter às regras da Praxe, nomeadamente no trajar, e outra são intromissões dentro de um organismo que, enquanto tal, não é esfera da Praxe.
Sim, enquanto estudante, é preciso observar a Praxe, naquilo que é Praxe (e não praxismos e invenções encapotadas de Praxe), naquilo que é obrigação do estudante mesmo enquanto Tuno.
Mas enquanto praxista é preciso saber até onde vai, pode, e deve, ir a Praxe, que não apenas geograficamente.
Como diz a sua citação, há situações que só são ponderáveis se as mesmas tiverem sido acordadas, bem desenhadas e estipuladas. Ora se não estão acordadas as situações, se não estão bem definidas (nem em código, regulamento ou quejandos), não tem o MCV de encher o peito e “levar tudo à frente”.

Estar na/em Praxe, respeitar a mesma, observar as regras e cumpri-las não é propriamente (e neste caso é precisamente o oposto) obedecer cegamente ao MCV.
Nem tudo o que o Dux e MCV do Porto dizem é lei, é acertado ou é Praxe. Nem tudo é para se levar em linha de conta, e no caso das Tunas é mesmo de ignorar e rir.


O MCV não é a Praxe nem vincula ninguém em decisões que não são de Praxe (antes são atentatórias à mesma).
Se o "Duche" do Porto decidir que é da Praxe todos andarem de meias brancas com traje isso tem validade?
Se o MCV do Porto decidir que os praxistas não podem andar de carro isso tem alguma validade?
Se esses “senhores” disserem que é da Praxe roubar isso isenta o ladrão de ser preso pela polícia?

Então se decidirem que as Tunas têm de obedecer às suas ordens, as Tunas devem cumprir? Com base em quê?
Gostava que ao menos a esta pergunta me respondesse e deixasse clara a sua posição as tunas obedecem ao MCV?
Sabe por que razão há tantas questiúnculas em torno deste assunto, para além dos tais diferendos antigos? é porque há demasiada ignorância sobre Praxe e sobre Tunas por parte de quem tinha obrigação de saber, a começar por quem lidera.

Se há muita iliteracia tunante no seio das Tunas, grassa concomitentemente um enorme analfabetismo praxístico no seio dos praxistas, especialmente nos organismos de praxe, a cujos líderes não se reconhece nem competência escolar, nem científica (nem o curso conseguem terminar) – nem qualquer iniciativa em formar e esclarecer com base em saber advindo do estudo sério, da investigação rigorosa ou, pelo menos, do esforço intelectual de ler os estudos de quem é, de facto, especializado nestas matérias das Tradições Académicas ou do fenómeno das Tunas.

Quando nesse grupo do MCV se concebe poderem praxar estudantes que não são caloiros, quando se divertem a praxar os que têm menos matrículas, só porque sim….está à vista a pequenez intelectual de quem desvirtua a própria Tradição (por patetice ou ignorância).

Quando alguns acham que o nº de matrículas é o argumento para ser dono do saber em Praxe ou em Tunas, que tal confere propriedade e cátedra……………..

Cumprimentos.

Eduardo disse...

Caro Fernando:

fico-te muito grato por me teres na conta de teu amigo.

Por favor, não me coloques para aí num pedestal - senão o tombo é de mais alto...

Nestes debates saudáveis (às vezes um bocadinho picados, o que também tem a sua graça) nunca gosto de puxar os galões 8que não tenho...): a inteligência não reconhece hierarquias - nem os argumentos de um caloiro são piores do que os de um veterano.

Aqui não há caloiros nem veteranos: queremos pessoas livres e iguais, que discordem com elevação e conhecimento - por isso fazias falta por cá.

Bem vindo a este cantinho, meu caro Fernando!

Abraço,

Eduardo

Anónimo disse...

Caro WB

continuo a dizer-lhe que nao esta decretado. Decretos de boca é algo que nao me assiste.

"se divertem a praxar os que têm menos matrículas, só porque sim…"

esta muito fora do contexto e é pena ter de ler este tipo de insinuaçoes, que não corresponde no geral á realidade. Mas o Sr é o dono da razão por isso pouco mais ha a comentar.

Deixo aqui uma questão: Muitas Tunas são compostas em grande nº por não estudantes e por estudantes que não são da praxe (pelo menos vindo da boca deles). Pergunto a quem respondem eles pelo facto de Banalizarem/Vandalizarem o Traje e o seu correcto uso?
A quem respondem eles pelos maus comportamentos enquanto envergam o Traje Academico?

Não sei se sabe mas os Srs das tunas gostam e fazem questão muitas vezes de dizer que nao sao da praxe e sim da tuna, conferindo-lhes o direito a fazer tudo e mais alguma coisa. sabe o por que?

Caro Fernando

"..chamo-me Fernando, sou "o Fernando" como tendes sido ensinados João. O tal non gratu na praxe que ao fim destes anos todos ainda os devo assustar."

conheci-te pessoalmente e tive a oportunidade de conversar contigo algumas vezes :)

Faço parte de uma casa reconhecida e sei quantas casas têm acento em MCV, aproveito para dizer que partilho da tua opinião quanto as casas "convidadas".

Vou sem duvida aproveitar o contacto do Eduardo, para um dia marcar um café e ter a oportunidade de falar com ele. não tenho duvida que vai ser produtiva.

tenho gosto que tambem estejas presente.

Caro Eduardo

uma das mensagens que costumo deixar á malta mais nova é que tanto podem aprender com os mais velhos como com os mais novos, não devendo nunca substimar ambas as partes. Que o bonito da "praxe" é o uso da sua inteligencia para contornar situaçoes "adversas".


Cumps

João

J.Pierre Silva disse...

Caro João, sobre o que foi decretado, cito uma intervenção do Eduardo no FB do "Praxe Porto" de 29/9/2012 (ver tópicos mais antigos em https://www.facebook.com/login/reauth.php?next=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fupdate_security_info.php%3Fwizard%3D1#!/praxeporto):

"(...) a Magna Matilha (...) não põe por escrito nada que a possa comprometer. Mas não é preciso escrever: basta que um elemento - ou todos - digam que se fez o decreto... Como a ninguém passa pela cabeça exigir ler o decreto para começar a aplicá-lo... é o mesmo estar escrito como não. O efeito é rigorosamente o mesmo. "Empraxe não se pensa, obedece-se", certo?"

Se esse tipo de situação lhe é alheia, então não sou eu que estou fora de contexto.
Não sou dono da razão, mas não escamoteio as coisas.
O ataque às Tunas partiu unilateralmente do MCV e sem estas terem culpa alguma, ponto.
Isso é uma verdade que não é minha, mas factual. Não é mais ou menos verdade por eu o dizer, que a verdade dispensa escrutíneo do mensageiro (a verdade vale por si, porque o é).


Se algum tuno vandalizar o traje deve razões, antes de mais à sua Tuna.
Um antigo estudante não está na Praxe, certo?
Nas tuna em que impera o traje da academia, esses antigos estudantes estão sujeitos à Praxe ordinária ou ao MCV?
Não, não estão (outra verdade que vale por si própria).
Ora se se portarme mal, devem contas à sua própria Tuna, a quem compete resolver os problemas de conduta dos seus elementos.

Quando a capa e batina foi instituída não existiam quaisquer organismos de Praxe, nem códigos.
Entr eos primeiros a trajar estavam Tunos, alunos de liceu, das escolas superiores, seminários, colégios, alunos da Universidade (e, pontualmente, até civis). A quem deviam contas? Primeiro às autoridades universitárias e mais tarde, segundo a lei, aos tribunais (desrespeito pelo incorrecto uso de uma farda). Depois.....a ninguém, até 1957 quando em Coimbra o Conselho de Veteranos decidiu chamar a si a responsabilidade de determinar a forma de trajar (mas sem nunca meter Tunas ao barulho).
Ora, no Porto, trajou-se em Tuna e não só sem haver MCV até quando?
Perante quem respondiam os estudantes inseridos em grupos (OUP, pro exemplo)?
Exactamente: aos seus próprios grupos.

Que deve ser punido quem traja de forma dolosa, que atente à Tradição e ao traje? Deve e exemplarmente. Mas deve sé-lo por quem tem competência para tal. Or ao MCV não tem jurisdição sem fronteiras, não é nenhum FBI praxístico.

Se é apenas tuno e no âmbito da Tuna, será punido pela mesma. Se é tuno e também estudante, pode vir também a ser punido pelo organismo de praxe a que se submete.
Agora intromissões gratuitas, sobranceiras, como quem acha que as Tunas devem obediência e subserviência ao MCV, isso não.

J.Pierre Silva disse...

(cont)

Se alguns palermas que andam nas tunas (que os há, e em demsaia) se dão certas liberdades sob ao signo da "imunidade tunante", deveriam ser punidos pelas suas tunas; e se estudantes, também, então depois pelos organismos de praxe (mas isso só é possível acordando-se regras e jurisdição entre ambos).
Não vai nenhum atuna praxar caloiros que desafinam na latada, pois não? Faria sentido? Claro que não!


Tunas há que delapidam o traje, como é exemplo o caso da UBI com uns tipos que prescidem das calças e usam calçõe`s/boxers às bolas, ou de uns palermas do IADE (Lisboa) que tiraram algumas peças à capa e batina para meterem kilt escocês, meias, bolsa e quejandos.
Mas esses quando não podem ser castigados pelas instâncias da Praxe (ou estas são coniventes), não ficam contudo impunes, podendo ser desconsiderados.

Na auto-regulação tunante (por muito leviana e pouco firme que seja, pois grassa o nacional-porreirismo), tunas há que vão sendo postas no rol de grupos que não se consideram inter-pares, a quem não se reconhece idoneidade e credibilidade (ou mesmo não se reconhece como sendo Tunas), e que são criticadas duramente por certos desrespeitos à tradição.
Dessa auto-regulação entre tunas, o não convidar esses grupos é uma das formas, ou por exemplo não constarem enquanto tunas da listagem do PortugalTunas ou nem serem consideradas nos estudos dos especialistas.

Por norma, as Tunas respeitam a Praxe e a Tradição, nomeadamente no uso do traje, mas como em todo o lado há abusos, mas serão certamente infimamente menos no que nas praxes de recepção ao caloiro ou na forma de trajar de tantos estudantes (no cortejo do ano passado a FEUP teve finalistas a desfilarem trajados e de ténis vermelhos, só para dar um exemplo e foto publicada no site da FAP).

O que fazem os organismso de praxe quanto a isso?
Onde está o MCV, não os vê da tribuna?

Cumprimentos

Anónimo disse...

WB

é tudo muito bonito de ver a quem ou nao responde quando se anda mal trajado, etc....

o problema é que estas situaçoes são uma constante nas tunas. Que actuem da forma como quiserem, mas uma coisa nao é admissivel, que é quando estão em comunidade academica andarem mal trajados e protejerem-se usando o nome da Tuna.

e o mais engraçado é que ninguem das tunas toma decisoes em relaçao a estes comportamentos, que a mim me deixam revoltado, pois todos são coniventes. é obvio que não sao todos iguais.

Lamento mas nao concordo com a intervençao que citou do Eduardo.
No MCV não sao todos iguais. ha quem pense pela propria cabeça.

Ja sei que para si sao todos uns idiotas que nao valem nada, que nao sao ninguem, que nem o curso acabaram, bla bla bla

Aproveito para lhe dizer que um Canudo não é tudo na vida e que ha muito boa gente sem ele, que é honesta e trabalhadora.

Mas WB não estou aqui para entrar em picardia (saudavel) consigo, mas sim para tentar perceber alguns pontos de vista. Garanto-lhe que a quetão que lhe coloquei é bem mais complicada do que parece.

Cumps

Joao

Anónimo disse...

so uma nota

a instituiçao em causa era a FEP e nao a FEUP, alem do mais na foto nao é perceptivel se estao ou nao trajados.

o MCV realmente esta la, mas tem noçao do nº de finalistas que passam pela tribuna?

consegue imaginar o MCV a fazer um cordao para controlar quem esta bem ou esta mal? ainda estavamos hoje no cortejo se assim fosse.

e tambem lhe garanto que nao sao aqueles que realmente vivem a praxe academica que se comportam dessa forma.

nao tenha duvida que são aqueles que vc diz que são da praxe so por serem estudantes (que ate concordo), mas que nao passaram pelos famosos "ritos da praxe". Nao sei se sabe mas esses que vc diz serem da praxe, nao o são de maneira alguma, pois sao eles proprios que o dizem.

J.Pierre Silva disse...

Obrigado pela correcção, pois era, de facto, a FEP.
Mas sim, meu caro, estavam trajados, e trajados a rigor, excepto os ténis (sobre isso até deixei um artigo muito "light":http://notasemelodias.blogspot.pt/2012/05/notas-um-cortejo-sem-tradicao-parte-ii.html).

Querendo-se controlar, não é preciso cordão, basta ver e tomar nota. Depois, mais tarde (numa altura mais apropriada), chamar à razão os resonsáveis da Praxe e os próprios finalistas.
Mas isso também demonstra uma coisa: incompetência dos organismos de Praxe de cada casa, esses mesmos que depois estão representados no MCV, responsável, em última instância.

Terá, pro outro lado, caro João, de me elucidar sobre que "ritos" são esses que depois de vividos tornam a pessoa entendida em Praxe.
É que eu não conheço nenhum.

O que vocé quererá dizer é que deve haver uma prática educativa, alicerçad ano exemplo, mas também no saber.
Mas ritos, propriamente ditos, que existam para ensinar Praxe.....não so há.
Pena, isso sim, que sessões de esclarecimento, debates/colóquis não sejam tradição, não sejam da praxe realizarem-se.




Anónimo disse...

Caro WB

diga-me p.f onde digo tal coisa:

"Terá, pro outro lado, caro João, de me elucidar sobre que "ritos" são esses que depois de vividos tornam a pessoa entendida em Praxe."

vc quer e porque quer chamar incompententes a todos aqueles que fazem parte do MCV. é uma opiniao a meu ver facciosa de mais, pois nao quer ver mais alem. mas tudo bem.

voce sabe la se o conselho de veteranos da FEP fez ou nao alguma coisa?

e digo-lhe mais, atraves da foto ninguem pode tirar conlusoes, pois so se consegue ver da coxa para baixo, logo ninguem faz ideia de como estava vestida esta menina (se é que é menina :))

mas lanço um desafio. no proximo cortejo va controlar estas situaçoes, ja que é um grande defensor da tradiçao academica.

Eduardo disse...

Caro João:

disseste tudo (Acho que o tratamento por "você" não se justifica...).

Se o único problema é a jurisdição sobre o trajar e se aquilo que o MCV pretende é "moralizar" o seu uso, estou de acordo. Espero que já tenhas lido o "Manifestum Tunae" e te tenhas apercebido que lá se defende que as tunas devem aceitar o que for emanado dos organismos de praxe.

Tudo o que for além disso é um abuso e uma violentação dos limites do bom senso.

Quando o MCV se põe a proibir a torto e a direito os grupos artísticos de estudantes de participarem aqui ou ali ou nas actividades de A ou B, está claramente a extravasar as suas competências.

Quando é que o OUP trajou mal?... Não, meu caro. As coisas são um bocadinho mais complicadas do que isso. Quando é que a Tuna da Portucalense trajou mal? Ou o Grupo de Fados de Engenharia? E por aí fora. Há bocados da realidade que estão omissos. A história não está bem contada.

Fico então à espera desse convite. Será um gosto apertar-te a mão e conversar tranquilamente sobre estes absurdos todos.

Abraço,

Eduardo

J.Pierre Silva disse...

Caro João,
Depreendi pelo que disse, e passo a citar, “nao tenha duvida que são aqueles que vc diz que são da praxe so por serem estudantes (que ate concordo), mas que nao passaram pelos famosos "ritos da praxe"; ora entendi que acusava os que se dizem na praxe de lhes ter faltado passar pelos ritos para entenderem, saberem e agirem segundo os critérios que, para si, deveriam presidir ao comportamento exigido.
Se não foi o caso e interpretei mal, queira desculpar.

Aos que fazem parte do MCV chamo incompetentes, isso sublinho-o. Caso contrário não ocrreriam estes episódios de quem confunde as coisas, ultrapassa os limites da Praxe e não sabe distinguir Praxe e Tunas ou outros organismos artísticos.

De facto não sei, mas sei que ainda este ano se repetiram abusos na FEP na recepção ao caloiro. Sei e garanto-o testemunhalmente.
Sei, e garanto-o, que a foto que tanto pretende menorizar é mesmo de pessoas trajadas.Mas espreite novamente o artigo, pois que lhe coloquei mais uma foto (http://notasemelodias.blogspot.pt/2012/05/notas-um-cortejo-sem-tradicao-parte-ii.html).

Não tenho de controlar coisa nenhuma. Sei ocuparo meu lugar. Já tive o meu tempo de activismo enquanto estudante. Quem tem responsabilidade que as cumpra e não se venha depois com a conversa que é muita gente e que não dá para controlar. Certamente que quando não se educa, forma e informa, depois corre-se atrás do prejuízo. Ora aí está outra incompetência do MCV que nunca avançou com um código definitivo (a partir do projecto do Balau e Soromenho)e que fosse uma ferramenta, de facto, útil para informar e formar. Não conheço qualquer iniciativa do MCV que possa ser entendida como formativa e informativa sobre Praxe.

Ser defensor da Tradição começa, desde logo, por a conhecer e saber nela ocupar o seu lugar, coisa que não sucede ao MCV onde militam pessoas que não são exemplo escolar para ninguém e muito menos praxístico ao eternizarem-se em cargos que não lhes pertencem e usarem a Praxe para vendetas pessoais.